A década de 70 viu equipes memoráveis em ação no futebol nacional. Uma delas foi o Santa Cruz de 1975.
Surpreendendo o país, o Tricolor pernambucano ganhou força ao longo do Campeonato Brasileiro e se tornou o primeiro do Nordeste a alcançar a etapa final do certame.
Inicialmente, a Coral não empolgou. Classificou à segunda fase pegando a quinta e última vaga direta da chave C, que integrou ao lado dos grandalhões Flamengo, Grêmio e Santos.
A partir daí o jogo mudou. Superando Corinthians (1×0) e Atlético-MG (2×0) no Arruda e batendo Coritiba (1×0), Palmeiras (3×2) e América-RJ (3×1) fora, o Santinha seguiu vivo com imponência, ficando em segundo na sua série e rumando à terceira fase.
Se alguém ainda duvidava dos caras, teve de dar o braço a torcer neste ciclo. Atuações convincentes – incluindo vitórias sobre o futuro campeão Internacional (1×0) em Recife e Flamengo (3×1) em pleno Maracanã – os alçaram à liderança do grupo, e às semifinais.
O oponente pela vaga na decisão foi o Cruzeiro de Raul Plassmann, Piazza e Nelinho. Partida única, na casa vermelha, preta e branca, dona de melhor campanha.
Na histórica semi de 07 de dezembro de 75, Luiz Fumanchu botou os anfitriões em vantagem aos 32 do primeiro tempo, cobrando pênalti. Pouco antes do intervalo, Zé Carlos deixou tudo igual.
Palhinha virou o placar logo no reinício. Fumanchu empatou convertendo outro pênalti, reacendendo as esperanças tricolores. Mas, no soar do minuto 90, Palhinha abotoou novamente e fechou o abacaxi em 3×2 Raposa.
Deste Santa Cruz, quarto colocado na tabela geral do Brasileirão, sairiam futuros bons treinadores. Lula Pereira e Levir Culpi (zaga), além do habilidoso meia Givanildo, são os principais exemplos.